mil e duas
e ela tentava, mais uma vez. arranjava 1002 desculpas para não desencadear o pior dos momentos. mais uma vez se esquecia de toda a angústia. ansiedade. alienação. mais uma vez se esquecia de si. e mais uma vez... sorria.
e ele sorria. mais uma vez prometia. sim, sim, sim. mais uma vez se fazia acreditar. querer. desejar. mais uma vez se esquecia. e mais uma vez... dormia.
e ela acordava. cantava. dançava. mais uma vez sentia... um aperto, um contínuo torcer do coração. e caía, mais uma vez, redonda no chão. agarrava-se ao peito e parecia que tudo ía saltar mais uma vez. e tudo realmente saltava. toda ela se diluia num pranto, mais uma vez. e mais uma vez... monologava.
e ele comia... as suas palavras. engolia-as e defecava-as mais uma vez, num acto aparente de terna degustação.
e ela degustava-se. mais uma vez tentava acreditar. e acreditava.
e ele não. ele nada. 1002 vezes nada.
e ela tudo. não. e não mais tudo: mais nada!!
e ele sorria. mais uma vez prometia. sim, sim, sim. mais uma vez se fazia acreditar. querer. desejar. mais uma vez se esquecia. e mais uma vez... dormia.
e ela acordava. cantava. dançava. mais uma vez sentia... um aperto, um contínuo torcer do coração. e caía, mais uma vez, redonda no chão. agarrava-se ao peito e parecia que tudo ía saltar mais uma vez. e tudo realmente saltava. toda ela se diluia num pranto, mais uma vez. e mais uma vez... monologava.
e ele comia... as suas palavras. engolia-as e defecava-as mais uma vez, num acto aparente de terna degustação.
e ela degustava-se. mais uma vez tentava acreditar. e acreditava.
e ele não. ele nada. 1002 vezes nada.
e ela tudo. não. e não mais tudo: mais nada!!