um conto de halloween mascarado
antes de todos se irem deitar
há uma história que vos devo contar
uma história pequena
-insignificante talvez-
mas uma vez contada,
era uma vez...
uma espécie de exorcismo
que o meu cérebro pediu
gozo, mágoa ou cinismo
tanto faz - explodiu.
era uma vez uma gata
de nome guilhermina
tão infeliz, a coitada
tinha cara de plasticina
para os amigos, gui
- a gata que sorri.
para as amigas, mina
- a gata assassina.
guilhermina passava
todo o dia a pensar
na melhor estratégia
para os amigos atacar.
farta de ser ignorada
por quem tudo lhe diz
guilhermina, enamorada,
decide fazer joaquim feliz.
mas como joaquim não é
a sua (única) paixão,
depressa "joaquim já era...
- vou mudar de direcção".
depois de arranhar as costas
de jacinto, dionísio, basileu
era agora a vez do louco
terrível - mas humano - amadeu.
amadeu era um bonifácio
de bom gosto e feliz
- não descobrissem o finácio
que se escondia no ser nariz!
quilhermina esperneava,
assobiava e ronronava.
e dia-trás-dia tentava
travar as pernas que desejava.
mas amadeu era tão alto,
brincalhão, chato e fuinha
que simplesmente se baixou
e deu-lhe uma festinha.
a raiva subiu de vez
ao focinho da guilhermina
e vai de ronronar
a vaidosa assassina.
não é mesmo por mais nada,
mas se há coisas que não suporto
são gatas que sorriem como fada
e só causam desconforto.
ao ver a cena nem resisti
- e grande gozo me deu -
em pegar naquela quiqui
e separá-la do amadeu.
amadeu nem notou
ou até agradeceu.
quilhermina não mais falou
pobre gata - emudeceu.
a história por hoje acaba aqui
sem pozinhos de perlimpimpim
porque quem põe um ponto não espera
que ainda haja um bom fim
há uma história que vos devo contar
uma história pequena
-insignificante talvez-
mas uma vez contada,
era uma vez...
uma espécie de exorcismo
que o meu cérebro pediu
gozo, mágoa ou cinismo
tanto faz - explodiu.
era uma vez uma gata
de nome guilhermina
tão infeliz, a coitada
tinha cara de plasticina
para os amigos, gui
- a gata que sorri.
para as amigas, mina
- a gata assassina.
guilhermina passava
todo o dia a pensar
na melhor estratégia
para os amigos atacar.
farta de ser ignorada
por quem tudo lhe diz
guilhermina, enamorada,
decide fazer joaquim feliz.
mas como joaquim não é
a sua (única) paixão,
depressa "joaquim já era...
- vou mudar de direcção".
depois de arranhar as costas
de jacinto, dionísio, basileu
era agora a vez do louco
terrível - mas humano - amadeu.
amadeu era um bonifácio
de bom gosto e feliz
- não descobrissem o finácio
que se escondia no ser nariz!
quilhermina esperneava,
assobiava e ronronava.
e dia-trás-dia tentava
travar as pernas que desejava.
mas amadeu era tão alto,
brincalhão, chato e fuinha
que simplesmente se baixou
e deu-lhe uma festinha.
a raiva subiu de vez
ao focinho da guilhermina
e vai de ronronar
a vaidosa assassina.
não é mesmo por mais nada,
mas se há coisas que não suporto
são gatas que sorriem como fada
e só causam desconforto.
ao ver a cena nem resisti
- e grande gozo me deu -
em pegar naquela quiqui
e separá-la do amadeu.
amadeu nem notou
ou até agradeceu.
quilhermina não mais falou
pobre gata - emudeceu.
a história por hoje acaba aqui
sem pozinhos de perlimpimpim
porque quem põe um ponto não espera
que ainda haja um bom fim