um
perdemos muito tempo.
em que nem era preciso gritares e eu te ouvia e não te podia responder. em que me olhavas e eu te olhava e pensavas e eu pensava que sim e desviava o olhar. em que te estendia tanto os braços que de tão perto te atravessavam e esperavam atrás de ti sem te tocar. em que estávamos assim tão perto e desejávamos estar mais. em que te foste embora por eu estar emudecida por coisas que há muito não existiam. em que te vi partir e deixei. e depois chorei.
caminhaste sem rumo.
eu, fiquei. sem rumo.
mas o que não existia não era para existir.
eu já o sabia - despertei.
então, senti que o tempo tinha fugido. e se fugir era o que o tempo fazia, então eu fugi também. fugas fugiram de fugas. eu fugi de fugas. eu fugi do tempo. fugi de tanta coisa e tu ali não sabia se também fugias ou se te petrificavas com tanta fuga e me ouvias gritar e gritavas às vezes e eu às vezes sentia-te tão perto mas era uma dor porque fugias e eu tinha a certeza que fugias e eu fugia agora de ti porque tu já nem eras......................
...mas eras.
sempre o foste.
e doía tanto saber que o tempo tivera sido em tempos tão intenso. tão cruel.
nada a fazer.
parar.
inspirar.
expirar.
tudo a postos?
caminhar...não. marchar. por una vida mejor para nuestro pueblo. por uma vida melhor. para nós.
uma vez disseste-me que eu era muito racional nestes assuntos por achar que perfumes iguais não significavam flores iguais. nunca fui tão racional como agora. não mais tu, decidi.
e estava tudo tão certo...
eis senão quando ela apareceu. a nossa fuga.
contra gritos mudos, certezas de finito e olhares que nunca o foram; contra o tempo... puxáste-me. desarmaste-me. fizeste-me cair a teus pés. então, levantaste-me. elevámo-nos mutuamente e, como quem tanta sede tem, saciámo-nos com o que nunca tiveramos provado e, enfim embebidos um no outro, cheirei o teu perfume e pensei nas flores iguais.
mas depois cheirei-te profundamente e sorri ao saber que estava errada: não existem sequer perfumes iguais.
em que nem era preciso gritares e eu te ouvia e não te podia responder. em que me olhavas e eu te olhava e pensavas e eu pensava que sim e desviava o olhar. em que te estendia tanto os braços que de tão perto te atravessavam e esperavam atrás de ti sem te tocar. em que estávamos assim tão perto e desejávamos estar mais. em que te foste embora por eu estar emudecida por coisas que há muito não existiam. em que te vi partir e deixei. e depois chorei.
caminhaste sem rumo.
eu, fiquei. sem rumo.
mas o que não existia não era para existir.
eu já o sabia - despertei.
então, senti que o tempo tinha fugido. e se fugir era o que o tempo fazia, então eu fugi também. fugas fugiram de fugas. eu fugi de fugas. eu fugi do tempo. fugi de tanta coisa e tu ali não sabia se também fugias ou se te petrificavas com tanta fuga e me ouvias gritar e gritavas às vezes e eu às vezes sentia-te tão perto mas era uma dor porque fugias e eu tinha a certeza que fugias e eu fugia agora de ti porque tu já nem eras......................
...mas eras.
sempre o foste.
e doía tanto saber que o tempo tivera sido em tempos tão intenso. tão cruel.
nada a fazer.
parar.
inspirar.
expirar.
tudo a postos?
caminhar...não. marchar. por una vida mejor para nuestro pueblo. por uma vida melhor. para nós.
uma vez disseste-me que eu era muito racional nestes assuntos por achar que perfumes iguais não significavam flores iguais. nunca fui tão racional como agora. não mais tu, decidi.
e estava tudo tão certo...
eis senão quando ela apareceu. a nossa fuga.
contra gritos mudos, certezas de finito e olhares que nunca o foram; contra o tempo... puxáste-me. desarmaste-me. fizeste-me cair a teus pés. então, levantaste-me. elevámo-nos mutuamente e, como quem tanta sede tem, saciámo-nos com o que nunca tiveramos provado e, enfim embebidos um no outro, cheirei o teu perfume e pensei nas flores iguais.
mas depois cheirei-te profundamente e sorri ao saber que estava errada: não existem sequer perfumes iguais.